LAGOA D`ANTA-RN. FAMÍLIAS VIVEM EM SITUAÇÃO DE RISCO

25/10/2013 15:23

A moradia adequada foi reconhecida como direito humano em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tornando-se um direito humano universal, aceito e aplicável em todas as partes do mundo como um dos direitos fundamentais para a vida das pessoas.

Vários tratados internacionais após essa data reafirmaram que os Estados têm a obrigação de promover e proteger este direito. Hoje, já são mais de 12 textos diferentes da ONU que reconhecem o direito à moradia. Apesar disso, a implementação deste direito ainda é um grande desafio. (direitoamoradia.org)

É o que você ver, nessa reportagem.

DSC06074Foi sentado junto à mesa na estreita e pequena cozinha do que hoje é a casa de Rosa, que eu conheci mais uma história da vida real.

Ezinete Gomes Pereira, conhecida como Rosa tem 49 anos de idade. Há seis anos vive com o agricultor Jorge Ancelmo de Sousa, de 42 anos. O casal mora em um vestiário de um campo de futebol.

casaParedes rachadas, infiltrações, instalações elétricas em péssimo estado e telhado deteriorado. São com essas condições que o casal vive há anos.

Rosa explicou que já fez vários cadastros em programas sociais para a casa própria, mas que até hoje não foi beneficiada. Jorge, seu esposo, também fez vários cadastros e se disse surpreso pelas tantas vezes que foi verificar seu nome em listas e não o encontrou.

A família vive do auxílio doença de Rosa que sofre de hérnia de disco, medula fraca, alterações na tireóide, artrose, artrite e problemas no coração. Outra renda são as diárias que Jorge ganha trabalhando na agricultura. Dinheiro insuficiente para a medicação que é comprada e para a alimentação básica e regrada. “Não temos como pagar um aluguel.”Disse Rosa.

DSC06079Dividindo o vestiário por uma parede divisória; mora Andréia Regina Pocino Ribeiro, de 26 anos. A jovem é mãe solteira, tem três filhos e está grávida de seis meses de um quarto. Desempregada, a jovem vive do bolsa família, que nem chega a duzentos reais e de diárias que faz como faxineira em casas de famílias da cidade. Seu desejo é o mesmo que o de Rosa e de Jorge; quer sair da situação de risco em que vive e ir para uma casa com seus filhos. “Já fiz cadastro, minha mãe já falou com o prefeito, mas até agora não ganhei nenhuma casa.” Comentou com tristeza Andréia.

OUÇA O RELATO DA ROSA E DO JORGE

 

 
 
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OUÇA O RELATO DA ANDREIA

 

 
 
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O caso das duas famílias expõe bem a situação em que várias famílias se encontram no país. As políticas públicas de habitação têm avançado, mas ainda não tem chegado a todos. Questões de políticas paroquiais e de má distribuição do programa, tem feito com que muitos que precisem fiquem desassistidos. Enquanto isso, sabemos de pessoas que negociam casas desses programas.

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